A Mata Atlântica, bioma que antes ocupava toda a costa brasileira, hoje tem, apenas, pouco mais de 12% de sua dimensão original. Junto com a redução de sua dimensão, ocorreu também a redução na fauna de mamíferos deste bioma, mas a qual extensão isso ocorreu?

A resposta para esta pergunta, está no artigo ‘ Wish you were here: How defaunated is the Atlantic Forest biome of its medium- to large-bodied mammal fauna?’, publicado no dia 25 de setembro, na revista PLos ONE.

O trabalho, liderado por Juliano Bogoni, pós-doutorando na Esalq/USP, avaliou de maneira quantitativa os padrões espaciais da perda de fauna dos mamíferos de médio a grande porte na Mata Atlântica através do uso de um ‘índice de defaunação’.

Os pesquisadores obtiveram dados de, no total, 497 espécies de mamíferos distribuídas pelo bioma. Com isso, foi observado que, quando se compara os dia de hoje com os dados históricos, houve uma redução média de 72,5% em termos de riqueza de espécies e 80,5% em termos de biomassa total.

Dentre os grupos mais impactados, para qual foi estimado o maior valor de defaunação, estão os predadores que ocupam o topo da cadeia alimentar, seguido respectivamente, pelos mamíferos que se alimentam dos níveis tróficos mais elevados, todas as espécies de grande porte e todos os grandes herbívoros.

De modo comparativo, foram estimadas as situações da espécies ao longo de todo o bioma. A região que apresentou o maior nível de defaunação foi o Nordeste, onde a perda da fauna chegou a 90%, e na área da Serra do Mar e da Serra Geral foi encontrado o menor nível de defaunação.

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